Desemprego nos EUA tem leve queda em
setembro, para 7,2%
Índice estava em 7,3% em agosto, diz
Departamento do Trabalho.
Foram criadas 148 mil vagas, número menor do que as 169 mil de agosto.
Foram criadas 148 mil vagas, número menor do que as 169 mil de agosto.
A taxa de desemprego nos Estados Unidos registrou leve queda em
setembro, para 7,2%, recuo de 0,1 ponto percentual sobre o patamar de 7,3% em agosto, divulgou nesta terça-feira o
Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.
Desde junho, o índice acumula recuo de 0,4 ponto percentual, destaca a
divulgação.
A folha de pagamentos excluindo o setor agrícola cresceu em 148 mil
vagas no mês passado, abaixo, contudo, das 169 mil criadas em agosto.
Com isso, o número de desempregados ficou em 11,3 milhões de pessoas. A queda no número de desempregados é de 522 mil desde junho, diz o departamento.
Com isso, o número de desempregados ficou em 11,3 milhões de pessoas. A queda no número de desempregados é de 522 mil desde junho, diz o departamento.
De acordo com a divulgação, o emprego cresceu na construção, no comércio
atacadista e no setor de transportes e armazenagem.
A criação de postos de trabalho não-agrícola nos Estados
Unidos cresceu menos do que o esperado em pesquisa da Reuters,
que estimava ter aumentado em 180 mil em setembro, diz a agência.
Divulgação atrasada
O Departamento do Trabalho divulga seu relatório mensal mais de duas semanas mais tarde do que o inicialmente previsto, devido à paralisação parcial do governo federal daquele país no início deste mês.
Divulgação atrasada
O Departamento do Trabalho divulga seu relatório mensal mais de duas semanas mais tarde do que o inicialmente previsto, devido à paralisação parcial do governo federal daquele país no início deste mês.
Os dados geralmente definem o tom dos mercados financeiros globais, mas
economistas ponderaram que a paralisação diminuiu sua importância, com a
opinião generalizada de que as autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco
central dos EUA) vão adiar a redução do programa de estímulo até que fique mais
clara a magnitude do dano econômico causado pela batalha política sobre o
orçamento, diz a Reuters.
As autoridades do Fed se reunirão na próxima semana para discutir a política
monetária. Eles surpreenderam os mercados no mês passado ao manter o programa
de compra de títulos ao ritmo atual de US$ 85 bilhões por mês, dizendo que
queriam ver mais evidências de uma recuperação sólida.
Fonte: G1
Conceitos que você precisa saber
para entender as notícias sobre o meio ambiente.
O que é o Efeito Estufa
Normalmente,
a energia luminosa solar (radiação infravermelha) que chega ao planeta Terra é divida:
uma parte é refletida diretamente de volta ao espaço, ao atingir o topo da
atmosfera terrestre; a outra é absorvida pelos oceanos e pela superfície da
Terra, promovendo o seu aquecimento. Desta segunda parte, uma parcela também
seria irradiada de volta ao espaço, mas é bloqueada pela presença natural de
determinados gases na atmosfera. O efeito estufa é, pois, um fenômeno natural
que possibilita a vida na Terra, uma vez que sem a presença destes gases, a
temperatura média do planeta seria muito baixa (cerca de 18ºC negativos). Esta
troca de energia entre a superfície e a atmosfera proporciona uma temperatura
média global, próxima à superfície, ideal ao desenvolvimento da vida (14ºC).
Entretanto, o efeito estufa se
torna um problema -- que se pode tornar catastrófico -- quando é agravado. A
mudança na concentração dos gases estufa desestabiliza a troca natural de
energia (calor), o que, por sua vez, é causa do fenômeno conhecido como
aquecimento global.
Essas mudanças ocorrem,
principalmente, em função do aumento insustentável das emissões de gases de
efeito estufa pelas atividades humanas. A poluição desde a Revolução Industrial
do século XVIII até os dias atuais, tornou mais espessa a camada de gases na
atmosfera. Essa camada torna o efeito estufa mais intenso, impedindo que fração
cada vez maior da energia solar seja dispersa. O espessamento da camada gasosa
captura quantidades maiores de calor e luz, semelhante a uma estufa de vidro
para plantas, daí o nome do fenômeno.
O efeito estufa leva ao
aquecimento global. E a partir deste o derretimento das calotas polares,
"gelos eternos" e de geleiras, que eleva o nível das águas,
submergindo ilhas e áreas litorâneas densamente povoadas; o aquecimento exagerado
das regiões tropicais e subtropicais acelera a desertificação e a proliferação
de insetos nocivos à saúde humana e animal; a destruição de habitats naturais
provoca a extinção de espécies vegetais e animais; alterações climáticas que
fazem multiplicar períodos de seca, inundações, furacões, tornados e tsunamis.
Gases de efeito estufa
·
Vapor d'água (H2O). Encontra-se em suspensão, principalmente, nas
camadas baixas da atmosfera (Troposfera), cobrindo uma faixa vertical de cerca de 5 km.
·
Dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2). É emitido como resultado
das inúmeras atividades humanas, como o uso de combustíveis fósseis (petróleo,
carvão e gás natural). A quantidade deste na atmosfera aumentou 35% desde a era
industrial. O CO2 é utilizado como referência para classificar o poder de
aquecimento global dos demais gases de efeito estufa. A medição de variação do
CO2 na atmosfera iniciou-se no final da década de 1950 no observatório de Mauna
Loa no Havaí.
·
Gás metano (CH4). Produzido pela decomposição da matéria
orgânica. É abundante em aterros sanitários, lixões e reservatórios de
hidrelétricas, e também pela criação de gado (a pecuária representa 16% das
emissões mundiais de gases de efeito estufa) e cultivo de arroz. Com poder de
aquecimento global 21 vezes maior que o dióxido de carbono.
·
Óxido nitroso (N2O). A emissão deste gás resulta, principalmente,
do tratamento de dejetos animais, do uso de fertilizantes, da queima de
combustíveis fósseis e de alguns processos industriais. Possui um poder de
aquecimento global 310 vezes maior que o CO2;
·
Gases fluorados. São poderosos gases de efeito estufa
sintéticos emitidos a partir de uma variedade de processos industriais. Hexafluoreto de enxofre (SF6) é
utilizado principalmente como isolante térmico e condutor de calor; Hidrofluorcarbonos (HFCs) são
utilizados como substitutos dos clorofluorcarbonos (CFCs) em aerossóis e
refrigeradores; Perfluorcarbonos
(PFCs) são utilizados como gases refrigerantes, solventes,
propulsores, espuma e aerossóis. Gases fluorados são por vezes usados como
substitutos para substâncias que destroem o ozônio estratosférico (por exemplo,
os clorofluorocarbonetos, hidroclorofluorcarbonos, e halons). Esses gases são
normalmente emitidos em quantidades menores, mas porque eles são potentes gases
de efeito estufa, eles são muitas vezes referidos como gases de alto potencial
de aquecimento global.
Embora o processo da queima de
combustíveis fósseis tenha criado condições para a melhoria da qualidade de
vida da humanidade, produz como resíduo o dióxido de carbono e outras
substâncias químicas, também muito poluidoras.
Desta forma, o enfrentamento das
disputas relativas ao aquecimento global gerado pelo efeito estufa, assim como
da questão ambiental em geral, requer uma mudança nos próprios fundamentos da
economia, com alteração dos nossos hábitos de consumo e da nossa relação com a
natureza.
Fonte: Oeco
O novo Código Florestal não pode cair no limbo
Vista
da Mata Atlântica que cobre a Serra do Mar. Sobrou pouco, será que o novo
Código será usado para recuperá-la?
|
Em 25 de
maio último completou um ano o novo Código Florestal (Lei no. 12.651, alterada pela Lei no. 12.727, de
17-10-2012), legislação complexa, minuciosa, extensa (84 Artigos,
com inúmeros Parágrafos e Incisos) e de difícil execução e fiscalização. Razão
de demorados e acirrados debates entre ruralistas e ambientalistas, e
considerado ruim por muitos analistas, o texto final do Código parece ter
desgostado ambos os lados, fato que de algum modo indica certo grau de
equilíbrio nas suas determinações.
Passível de críticas sob distintos aspectos, sua
mais aparente incongruência aparenta repousar nos Arts. 61-A e 61-B, em que um
tratamento diferenciado favorável é dado àqueles que descumpriram o antigo Código
de 1965 até 22-07-2008, data do Decreto no. 6.814 (alterado pelo Decreto no.
6.686, de 10-12-2008), que muito tardiamente dispôs sobre as infrações e
sanções ao meio ambiente, parte das quais decorrentes do não cumprimento do
código então vigente. A esses infratores foram feitas exigências
consideravelmente mais suaves do que as contidas no novo código para todos os
demais, algumas delas ridículas, como por exemplo a aceitação de que
propriedades com até um (1) módulo fiscal devem "reflorestar" as
margens dos rios naturais com uma fileira de árvores de apenas cinco metros de
largura, obviamente inútil para conter a erosão. Os proprietários que entre
15-09-1965, data do código anterior, e 22-07-2008 destinaram parte de suas
terras ao cumprimento exato da legislação então válida ficaram evidentemente
lesados.
Sob o ponto de vista ambientalista, entretanto, a
nova legislação apresenta alguns aspectos dignos de apreciação favorável.
Ressaltam dentre eles a reafirmação do conceito de que as florestas e a vegetação
nativa são bens de interesse comum exercendo-se sobre eles o direito de
propriedade com as restrições dispostas em lei, e o comprometimento com a
preservação do patrimônio vegetal e com a biodiversidade (Arts. 1º-A e 2º).
Criticada
por não poucos ruralistas, a manutenção do conceito de Áreas de Preservação Permanente – APP (Cap. II) e de Reservas Legais – RL (Cap. IV) constituiu sem dúvida
decisão alvissareira, embora tenham recebido diversas limitações discutíveis.
Mas, deve-se lembrar sempre que as áreas a serem reflorestadas para cumprimento
destas determinações jamais reconstituirão integralmente o bioma original
eliminado, cuja complexidade ecológica não permite completa recomposição. Mesmo
assim, elas atendem à restauração dos principais serviços ecológicos das
florestas que substituíram, para benefício dos próprios ruralistas. Se o Código
de 1965 tivesse sido cumprido quanto às APPs e RLs, a Mata Atlântica, um repositório de imensa riqueza biológica
hoje desfalcada, não estaria reduzida a cerca de apenas 8,5%, com incalculável
perda de patrimônio natural.
A criação
do Cadastro Ambiental Rural – CAR, obrigatório para todas as
propriedades (Art. 29) é também um preceito básico essencial - infelizmente até
agora não aplicado de fato – que permitirá, ou pelo menos facilitará, um
fiscalização efetiva do cumprimento das exigências legais, delimitando
permanentemente as áreas destinadas às APPs e RLs. No Código é prevista a
exigência de que no prazo de cinco (5) anos as instituições financeiras só
concederão créditos agrícolas às propriedades cadastradas no CAR (Art. 78-A).
Importantíssimo também é ter-se determinado com
clareza a total preservação dos manguezais arbóreos em toda a sua extensão
(Art. 4º - Inc.VII). O Código de 1965 os definia de forma confusa e imprecisa,
suscitando dúvidas sobre a exigência de sua preservação. Os manguezais são
ecossistemas importantíssimos como berçário de grande parte da vida marinha,
incluindo pescado de elevado valor econômico. Lamentável, porém, foi haver-se
permitido que as atividades de carcinocultura e de produção de sal, exercidas até
22-07-2008, pudessem continuar atuando nas áreas de apicuns, posto que na
realidade muitas dessas áreas instalaram-se parcialmente em manguezais
(Art.11-A).
A repetição da proibição do uso do fogo na
vegetação, exceto quando autorizado em lei, é também muito louvável (Art.39).
Contudo cabe destacar que, na verdade, esta foi uma das determinações menos
respeitadas do antigo Código.
De muito significativa importância é destacar a
exigência de que os Chefes do Poder Executivo da União, dos Estados e do Distrito
Federal devem implantar no prazo máximo de dois (2) anos Programas de
Regulamentação Ambiental – PRA (Art. 59). Isto alimenta-nos a esperança de que
os reflorestamentos ora determinados na nova legislação sejam executados de
forma programada e, como tal, fiscalizados. Mas, cabe-nos indagar se, após um
ano de vigência do novo Código, algo dessas programações já foi executado.
Evidentemente não é exequível neste limitado espaço
disponível fazer comentários mais completos sobre o novo Código, mas os pontos
acima ressaltados apontam alguns de seus aspectos favoráveis à conservação da
natureza e de suas riquezas, tão úteis e tantas vezes não reconhecidas e
desprezadas. Como lembrava Einstein, a natureza quando agredida não se defende;
apenas se vinga. Aí está a exacerbação das secas, das inundações, da erosão e
das extinções de espécies para confirmá-lo.
Os Códigos Florestais anteriores, de 1934 e de
1965, legislações mais simples, nunca foram plenamente obedecidos e deles a
fiscalização falhou deploravelmente. Resta agora saber se o novo Código, tão
prolixo e complexo, objeto de tantas discussões e concessões mútuas, merecerá
maiores cuidados daqueles que são responsáveis pelo seu correto cumprimento.
A
ocorrência de desastres naturais no Brasil aumentou 268% na década de 2000
Entre os
principais desastres com aumento de incidência estão os que mais geram vítimas
fatais, como as inundações e os movimentos de massa
A
primeira década do século XXI foi a mais quente da história da Terra, desde o
início das medições modernas, em 1850. Como já dizia o cientista Newton, toda
ação provoca uma reação e o aumento sem precedentes da temperatura, entre 2001
e 2010, resultou na maior incidência de eventos climáticos extremos, em todo o mundo.
No
Brasil, não foi diferente. A ocorrência de desastres naturais aumentou 268% na década de 2000, em
comparação aos 10 anos anteriores. Os dados foram divulgados por Rafael Schadeck, chefe do Centro
Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad),durante a1ª Conferência Nacional de Mudanças
Climáticas (Conclima),
no dia 10 de setembro.
O país
apresentou crescimento em todos os tipos de desastres naturais característicos
do continente americano, como mostra o gráfico abaixo, do Atlas Brasileiro de
Desastres Naturais. “O que mais preocupa é que, entre os desastres que mais
tiveram aumento de incidência, estão as inundações e osmovimentos
de massa, como deslizamentos,
que são os que mais geram vítimas fatais”, afirma Schadeck. Segundo ele, entre
1991 e 2010, cerca de 2.500 pessoas morreram no Brasil por conta do problema,
principalmente na região sudeste.
Gráfico do Atlas Brasileiro de Desastres Naturais
ÊTA,
SECURA!
Apesar de
matar menos gente, secas e estiagens também estão castigando
os brasileiros e, sobretudo, os nordestinos. Dos mais de 96 milhões de cidadãos
impactados pelos desastres naturais nos últimos 20 anos no país, 50,34% foram
vítimas da falta de água.
Marcos
Freitas, da Agência Nacional de Águas (ANA), que também esteve presente no
evento, considerou a atual situação grave. “A duração média do período de seca
no semiárido é de 4,5 anos e estamos só no segundo ano. Além disso, o período
de chuvas no Nordeste já ficou para trás em 2013. A partir de agora, a
tendência são reservatórios cada vez mais vazios ”, alerta.
Por
enquanto, cerca de 4.500 caminhões-pipa circulam pelo Nordeste para tentar dar
conta da falta de água gerada pela seca. “Sabemos que não é a melhor solução,
mas é a única em curto prazo capaz de salvar vidas”, diz Schadeck. Ele
aproveitou para destacar o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a
Desastres Naturais, lançado em agosto de 2012 pelo governo brasileiro, que
promete investir R$ 18,8 bilhões para a questão até 2014, sobretudo na área de
prevenção.
Fonte: Oeco
Estudo diz que risco de seca no sul da Amazônia é maior do que se
pensava
Medições indicam que época seca cresce uma
semana por década.
Pesquisadores afirmam que ação humana é possível causa.
Pesquisadores afirmam que ação humana é possível causa.
Mapa mostra em cor avermelhada as áreas do sul da
Amazônia mais suscetíveis à seca prolongada.
Novo estudo publicado pela revista “PNAS”, da Academia Nacional de
Ciências dos EUA, alerta que a vegetação do sul da Amazônia tem um risco maior
de mortalidade por causa da seca do que avalia o mais recente relatório de
mudanças climáticas da ONU.
As medições de chuva apontam que, desde 1979, a estação seca amazônica
tem aumentado em uma semana por década, enquanto a temporada de queimadas
também tem se estendido.
O trabalho de Rong Fu, da Universidade do Texas, e sua equipe, contrasta
fortemente com as previsões do painel climático da ONU, o IPCC, que considera
que a estação seca na floresta amazônica deverá estar no máximo 10 dias mais
longa até o fim do século, mesmo nos cenários mais negativos.
Segundo Fu, a duração da estação de seca é o mais importante fator de
controle da floresta. “Se ela for muito longa, a floresta não sobrevive”,
alerta o pesquisador. A estação de seca é importante porque o solo amazônico
tem capacidade limitada de absorver água durante o período de chuvas, ou seja,
a floresta tem um máximo de umidade de que disporá durante a estiagem.
Os autores acreditam que a mudança climática causada pelo homem é a
explicação mais provável para o aumento da estação sec a na Amazônia, pois
bloqueia a chegada de frentes frias subtropicais, que poderiam estimular a
precipitação sobre a floresta, e, além disso, dificulta que o ar quente e seco
próximo ao solo se misturar com massa frias e úmidas mais altas.
A Amazônia, em geral, costuma absorver carbono da atmosfera. No entanto,
quando passa pro secas muito prolongadas, pode se tornar um ecossistema que
libera carbono, contribuindo para o aquecimento global. Os pesquisadores
alertam que, com o aumento das estações secas, esse processo pode se tornar
norma, em vez de se exceção.
Fonte: G1
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