terça-feira, 22 de outubro de 2013

Esta é mais uma edição do nosso Jornal Virtual que traz para você as notícias mais atuais do Acre, do Brasil e do mundo sobre economia, meio ambiente e tudo que tem haver com a Geografia e a História. Boa leitura!

Desemprego nos EUA tem leve queda em setembro, para 7,2%

Índice estava em 7,3% em agosto, diz Departamento do Trabalho.
Foram criadas 148 mil vagas, número menor do que as 169 mil de agosto.

A taxa de desemprego nos Estados Unidos registrou leve queda em setembro, para 7,2%, recuo de 0,1 ponto percentual sobre o patamar de 7,3% em agosto, divulgou nesta terça-feira o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.
Desde junho, o índice acumula recuo de 0,4 ponto percentual, destaca a divulgação.
A folha de pagamentos excluindo o setor agrícola cresceu em 148 mil vagas no mês passado, abaixo, contudo, das 169 mil criadas em agosto.

Com isso, o número de desempregados ficou em 11,3 milhões de pessoas. A queda no número de desempregados é de 522 mil desde junho, diz o departamento.
De acordo com a divulgação, o emprego cresceu na construção, no comércio atacadista e no setor de transportes e armazenagem.
A criação de postos de trabalho não-agrícola nos Estados Unidos cresceu menos do que o esperado em pesquisa da Reuters, que estimava ter aumentado em 180 mil em setembro, diz a agência.

Divulgação atrasada
O Departamento do Trabalho divulga seu relatório mensal mais de duas semanas mais tarde do que o inicialmente previsto, devido à paralisação parcial do governo federal daquele país no início deste mês.
Os dados geralmente definem o tom dos mercados financeiros globais, mas economistas ponderaram que a paralisação diminuiu sua importância, com a opinião generalizada de que as autoridades do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) vão adiar a redução do programa de estímulo até que fique mais clara a magnitude do dano econômico causado pela batalha política sobre o orçamento, diz a Reuters.
As autoridades do Fed se reunirão na próxima semana para discutir a política monetária. Eles surpreenderam os mercados no mês passado ao manter o programa de compra de títulos ao ritmo atual de US$ 85 bilhões por mês, dizendo que queriam ver mais evidências de uma recuperação sólida.

Fonte: G1



Conceitos que você precisa saber para entender as notícias sobre o meio ambiente.
O que é o Efeito Estufa


Normalmente, a energia luminosa solar (radiação infravermelha) que chega ao planeta Terra é divida: uma parte é refletida diretamente de volta ao espaço, ao atingir o topo da atmosfera terrestre; a outra é absorvida pelos oceanos e pela superfície da Terra, promovendo o seu aquecimento. Desta segunda parte, uma parcela também seria irradiada de volta ao espaço, mas é bloqueada pela presença natural de determinados gases na atmosfera. O efeito estufa é, pois, um fenômeno natural que possibilita a vida na Terra, uma vez que sem a presença destes gases, a temperatura média do planeta seria muito baixa (cerca de 18ºC negativos). Esta troca de energia entre a superfície e a atmosfera proporciona uma temperatura média global, próxima à superfície, ideal ao desenvolvimento da vida (14ºC).
Entretanto, o efeito estufa se torna um problema -- que se pode tornar catastrófico -- quando é agravado. A mudança na concentração dos gases estufa desestabiliza a troca natural de energia (calor), o que, por sua vez, é causa do fenômeno conhecido como aquecimento global.
Essas mudanças ocorrem, principalmente, em função do aumento insustentável das emissões de gases de efeito estufa pelas atividades humanas. A poluição desde a Revolução Industrial do século XVIII até os dias atuais, tornou mais espessa a camada de gases na atmosfera. Essa camada torna o efeito estufa mais intenso, impedindo que fração cada vez maior da energia solar seja dispersa. O espessamento da camada gasosa captura quantidades maiores de calor e luz, semelhante a uma estufa de vidro para plantas, daí o nome do fenômeno.
O efeito estufa leva ao aquecimento global. E a partir deste o derretimento das calotas polares, "gelos eternos" e de geleiras, que eleva o nível das águas, submergindo ilhas e áreas litorâneas densamente povoadas; o aquecimento exagerado das regiões tropicais e subtropicais acelera a desertificação e a proliferação de insetos nocivos à saúde humana e animal; a destruição de habitats naturais provoca a extinção de espécies vegetais e animais; alterações climáticas que fazem multiplicar períodos de seca, inundações, furacões, tornados e tsunamis.
Gases de efeito estufa
·         Vapor d'água (H2O). Encontra-se em suspensão, principalmente, nas camadas baixas da atmosfera (Troposfera), cobrindo uma faixa vertical de cerca de 5 km.
·         Dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2). É emitido como resultado das inúmeras atividades humanas, como o uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural). A quantidade deste na atmosfera aumentou 35% desde a era industrial. O CO2 é utilizado como referência para classificar o poder de aquecimento global dos demais gases de efeito estufa. A medição de variação do CO2 na atmosfera iniciou-se no final da década de 1950 no observatório de Mauna Loa no Havaí.
·         Gás metano (CH4). Produzido pela decomposição da matéria orgânica. É abundante em aterros sanitários, lixões e reservatórios de hidrelétricas, e também pela criação de gado (a pecuária representa 16% das emissões mundiais de gases de efeito estufa) e cultivo de arroz. Com poder de aquecimento global 21 vezes maior que o dióxido de carbono.
·         Óxido nitroso (N2O). A emissão deste gás resulta, principalmente, do tratamento de dejetos animais, do uso de fertilizantes, da queima de combustíveis fósseis e de alguns processos industriais. Possui um poder de aquecimento global 310 vezes maior que o CO2;
·         Gases fluorados. São poderosos gases de efeito estufa sintéticos emitidos a partir de uma variedade de processos industriais. Hexafluoreto de enxofre (SF6) é utilizado principalmente como isolante térmico e condutor de calor; Hidrofluorcarbonos (HFCs) são utilizados como substitutos dos clorofluorcarbonos (CFCs) em aerossóis e refrigeradores; Perfluorcarbonos (PFCs) são utilizados como gases refrigerantes, solventes, propulsores, espuma e aerossóis. Gases fluorados são por vezes usados como substitutos para substâncias que destroem o ozônio estratosférico (por exemplo, os clorofluorocarbonetos, hidroclorofluorcarbonos, e halons). Esses gases são normalmente emitidos em quantidades menores, mas porque eles são potentes gases de efeito estufa, eles são muitas vezes referidos como gases de alto potencial de aquecimento global.
Embora o processo da queima de combustíveis fósseis tenha criado condições para a melhoria da qualidade de vida da humanidade, produz como resíduo o dióxido de carbono e outras substâncias químicas, também muito poluidoras.
Desta forma, o enfrentamento das disputas relativas ao aquecimento global gerado pelo efeito estufa, assim como da questão ambiental em geral, requer uma mudança nos próprios fundamentos da economia, com alteração dos nossos hábitos de consumo e da nossa relação com a natureza.
Fonte: Oeco
O novo Código Florestal não pode cair no limbo


Vista da Mata Atlântica que cobre a Serra do Mar. Sobrou pouco, será que o novo Código será usado para recuperá-la? 

Em 25 de maio último completou um ano o novo Código Florestal (Lei no. 12.651, alterada pela Lei no. 12.727, de 17-10-2012), legislação complexa, minuciosa, extensa (84 Artigos, com inúmeros Parágrafos e Incisos) e de difícil execução e fiscalização. Razão de demorados e acirrados debates entre ruralistas e ambientalistas, e considerado ruim por muitos analistas, o texto final do Código parece ter desgostado ambos os lados, fato que de algum modo indica certo grau de equilíbrio nas suas determinações.
Passível de críticas sob distintos aspectos, sua mais aparente incongruência aparenta repousar nos Arts. 61-A e 61-B, em que um tratamento diferenciado favorável é dado àqueles que descumpriram o antigo Código de 1965 até 22-07-2008, data do Decreto no. 6.814 (alterado pelo Decreto no. 6.686, de 10-12-2008), que muito tardiamente dispôs sobre as infrações e sanções ao meio ambiente, parte das quais decorrentes do não cumprimento do código então vigente. A esses infratores foram feitas exigências consideravelmente mais suaves do que as contidas no novo código para todos os demais, algumas delas ridículas, como por exemplo a aceitação de que propriedades com até um (1) módulo fiscal devem "reflorestar" as margens dos rios naturais com uma fileira de árvores de apenas cinco metros de largura, obviamente inútil para conter a erosão. Os proprietários que entre 15-09-1965, data do código anterior, e 22-07-2008 destinaram parte de suas terras ao cumprimento exato da legislação então válida ficaram evidentemente lesados.
Sob o ponto de vista ambientalista, entretanto, a nova legislação apresenta alguns aspectos dignos de apreciação favorável. Ressaltam dentre eles a reafirmação do conceito de que as florestas e a vegetação nativa são bens de interesse comum exercendo-se sobre eles o direito de propriedade com as restrições dispostas em lei, e o comprometimento com a preservação do patrimônio vegetal e com a biodiversidade (Arts. 1º-A e 2º).
Criticada por não poucos ruralistas, a manutenção do conceito de Áreas de Preservação Permanente – APP (Cap. II) e de Reservas Legais – RL (Cap. IV) constituiu sem dúvida decisão alvissareira, embora tenham recebido diversas limitações discutíveis. Mas, deve-se lembrar sempre que as áreas a serem reflorestadas para cumprimento destas determinações jamais reconstituirão integralmente o bioma original eliminado, cuja complexidade ecológica não permite completa recomposição. Mesmo assim, elas atendem à restauração dos principais serviços ecológicos das florestas que substituíram, para benefício dos próprios ruralistas. Se o Código de 1965 tivesse sido cumprido quanto às APPs e RLs, a Mata Atlântica, um repositório de imensa riqueza biológica hoje desfalcada, não estaria reduzida a cerca de apenas 8,5%, com incalculável perda de patrimônio natural.
A criação do Cadastro Ambiental Rural – CAR, obrigatório para todas as propriedades (Art. 29) é também um preceito básico essencial - infelizmente até agora não aplicado de fato – que permitirá, ou pelo menos facilitará, um fiscalização efetiva do cumprimento das exigências legais, delimitando permanentemente as áreas destinadas às APPs e RLs. No Código é prevista a exigência de que no prazo de cinco (5) anos as instituições financeiras só concederão créditos agrícolas às propriedades cadastradas no CAR (Art. 78-A).
Importantíssimo também é ter-se determinado com clareza a total preservação dos manguezais arbóreos em toda a sua extensão (Art. 4º - Inc.VII). O Código de 1965 os definia de forma confusa e imprecisa, suscitando dúvidas sobre a exigência de sua preservação. Os manguezais são ecossistemas importantíssimos como berçário de grande parte da vida marinha, incluindo pescado de elevado valor econômico. Lamentável, porém, foi haver-se permitido que as atividades de carcinocultura e de produção de sal, exercidas até 22-07-2008, pudessem continuar atuando nas áreas de apicuns, posto que na realidade muitas dessas áreas instalaram-se parcialmente em manguezais (Art.11-A).
A repetição da proibição do uso do fogo na vegetação, exceto quando autorizado em lei, é também muito louvável (Art.39). Contudo cabe destacar que, na verdade, esta foi uma das determinações menos respeitadas do antigo Código.
De muito significativa importância é destacar a exigência de que os Chefes do Poder Executivo da União, dos Estados e do Distrito Federal devem implantar no prazo máximo de dois (2) anos Programas de Regulamentação Ambiental – PRA (Art. 59). Isto alimenta-nos a esperança de que os reflorestamentos ora determinados na nova legislação sejam executados de forma programada e, como tal, fiscalizados. Mas, cabe-nos indagar se, após um ano de vigência do novo Código, algo dessas programações já foi executado.
Evidentemente não é exequível neste limitado espaço disponível fazer comentários mais completos sobre o novo Código, mas os pontos acima ressaltados apontam alguns de seus aspectos favoráveis à conservação da natureza e de suas riquezas, tão úteis e tantas vezes não reconhecidas e desprezadas. Como lembrava Einstein, a natureza quando agredida não se defende; apenas se vinga. Aí está a exacerbação das secas, das inundações, da erosão e das extinções de espécies para confirmá-lo.
Os Códigos Florestais anteriores, de 1934 e de 1965, legislações mais simples, nunca foram plenamente obedecidos e deles a fiscalização falhou deploravelmente. Resta agora saber se o novo Código, tão prolixo e complexo, objeto de tantas discussões e concessões mútuas, merecerá maiores cuidados daqueles que são responsáveis pelo seu correto cumprimento.
A ocorrência de desastres naturais no Brasil aumentou 268% na década de 2000
Entre os principais desastres com aumento de incidência estão os que mais geram vítimas fatais, como as inundações e os movimentos de massa
A primeira década do século XXI foi a mais quente da história da Terra, desde o início das medições modernas, em 1850. Como já dizia o cientista Newton, toda ação provoca uma reação e o aumento sem precedentes da temperatura, entre 2001 e 2010, resultou na maior incidência de eventos climáticos extremos, em todo o mundo.
No Brasil, não foi diferente. A ocorrência de desastres naturais aumentou 268% na década de 2000, em comparação aos 10 anos anteriores. Os dados foram divulgados por Rafael Schadeck, chefe do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad),durante a1ª Conferência Nacional de Mudanças Climáticas (Conclima), no dia 10 de setembro.
O país apresentou crescimento em todos os tipos de desastres naturais característicos do continente americano, como mostra o gráfico abaixo, do Atlas Brasileiro de Desastres Naturais. “O que mais preocupa é que, entre os desastres que mais tiveram aumento de incidência, estão as inundações e osmovimentos de massa, como deslizamentos, que são os que mais geram vítimas fatais”, afirma Schadeck. Segundo ele, entre 1991 e 2010, cerca de 2.500 pessoas morreram no Brasil por conta do problema, principalmente na região sudeste.

Gráfico do Atlas Brasileiro de Desastres Naturais


ÊTA, SECURA!
Apesar de matar menos gente, secas e estiagens também estão castigando os brasileiros e, sobretudo, os nordestinos. Dos mais de 96 milhões de cidadãos impactados pelos desastres naturais nos últimos 20 anos no país, 50,34% foram vítimas da falta de água.
Marcos Freitas, da Agência Nacional de Águas (ANA), que também esteve presente no evento, considerou a atual situação grave. “A duração média do período de seca no semiárido é de 4,5 anos e estamos só no segundo ano. Além disso, o período de chuvas no Nordeste já ficou para trás em 2013. A partir de agora, a tendência são reservatórios cada vez mais vazios ”, alerta.
Por enquanto, cerca de 4.500 caminhões-pipa circulam pelo Nordeste para tentar dar conta da falta de água gerada pela seca. “Sabemos que não é a melhor solução, mas é a única em curto prazo capaz de salvar vidas”, diz Schadeck. Ele aproveitou para destacar o Plano Nacional de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Naturais, lançado em agosto de 2012 pelo governo brasileiro, que promete investir R$ 18,8 bilhões para a questão até 2014, sobretudo na área de prevenção.
Fonte: Oeco

Estudo diz que risco de seca no sul da Amazônia é maior do que se pensava
Medições indicam que época seca cresce uma semana por década.
Pesquisadores afirmam que ação humana é possível causa.

Mapa mostra em cor avermelhada as áreas do sul da Amazônia mais suscetíveis à seca prolongada. 


Novo estudo publicado pela revista “PNAS”, da Academia Nacional de Ciências dos EUA, alerta que a vegetação do sul da Amazônia tem um risco maior de mortalidade por causa da seca do que avalia o mais recente relatório de mudanças climáticas da ONU.
As medições de chuva apontam que, desde 1979, a estação seca amazônica tem aumentado em uma semana por década, enquanto a temporada de queimadas também tem se estendido.
O trabalho de Rong Fu, da Universidade do Texas, e sua equipe, contrasta fortemente com as previsões do painel climático da ONU, o IPCC, que considera que a estação seca na floresta amazônica deverá estar no máximo 10 dias mais longa até o fim do século, mesmo nos cenários mais negativos.
Segundo Fu, a duração da estação de seca é o mais importante fator de controle da floresta. “Se ela for muito longa, a floresta não sobrevive”, alerta o pesquisador. A estação de seca é importante porque o solo amazônico tem capacidade limitada de absorver água durante o período de chuvas, ou seja, a floresta tem um máximo de umidade de que disporá durante a estiagem.
Os autores acreditam que a mudança climática causada pelo homem é a explicação mais provável para o aumento da estação sec a na Amazônia, pois bloqueia a chegada de frentes frias subtropicais, que poderiam estimular a precipitação sobre a floresta, e, além disso, dificulta que o ar quente e seco próximo ao solo se misturar com massa frias e úmidas mais altas.
A Amazônia, em geral, costuma absorver carbono da atmosfera. No entanto, quando passa pro secas muito prolongadas, pode se tornar um ecossistema que libera carbono, contribuindo para o aquecimento global. Os pesquisadores alertam que, com o aumento das estações secas, esse processo pode se tornar norma, em vez de se exceção.

Fonte: G1

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