terça-feira, 22 de outubro de 2013

A 3ª edição do nosso Jornal Virtual acabou de chegar! Recheada com as notícias mais atuais sobre o Brasil e o mundo relacionadas á Geografia e a História. Boa leitura!

Novo relatório climático reforça visão de que homem causa aquecimento

Painel da ONU divulgou quinto relatório sobre o clima nesta sexta-feira.
IPCC considera responsabilidade humana 'extremamente provável'.



O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, IPCC na sigla em inglês, divulgou nesta sexta-feira (26) um novo relatório que aumenta o grau de certeza dos cientistas em relação à responsabilidade do homem no aquecimento global.

Chamado de "Sumário para os Formuladores de Políticas", o texto afirma que há mais de 95% (extremamente provável) de chance de que o homem tenha causado mais de metade da elevação média de temperatura registrada entre 1951 e 2010, que está na faixa entre 0,5 a 1,3 grau - a edição anterior falava em mais de 90%.
O documento apresentado em Estocolmo, na Suécia, em conferência científica realizada ao longo desta semana, mostra também que o nível dos oceanos aumentou 19 centímetros entre 1901 e 2010, e que as concentrações atmosféricas de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso aumentaram para "níveis sem precedentes em pelo menos nos últimos 800 mil anos".
O novo relatório diz ainda que há ao menos 66% de chance de a temperatura global aumentar pelo menos 2 ºC até 2100 em comparação aos níveis pré-industriais (1850 a 1900), caso a queima de combustíveis fósseis continue no ritmo atual e não sejam aplicadas quaisquer políticas climáticas já existentes.
Os 259 pesquisadores-autores de várias partes do mundo, incluindo o Brasil, estimam ainda que, no pior cenário possível de emissões, o nível do mar pode aumentar 82 centímetros, prejudicando regiões costeiras do planeta, e que o gelo do Ártico pode retroceder até 94% durante o verão no Hemisfério Norte (veja abaixo uma tabela com os eventos climáticos possíveis, segundo os cientistas).
Trata-se da primeira parte de um conjunto de dados que servirá de base para as negociações climáticas internacionais. A última versão saiu em 2007, quando o estudo rendeu ao painel de especialistas o Prêmio Nobel da Paz. O primeiro capítulo divulgado nesta sexta, de um total de três, aborda A Base das Ciências Físicas. As demais partes serão publicadas em 2014.

Fonte: G1


Incêndio florestal pode ter relação com mudança do clima, diz ONU

Austrália debate existência de vínculo entre queimadas e aquecimento.



Bombeiros tentam conter foco de incêndio em localidade a oeste de Sydney nesta terça-feira (22) (Foto: Rob Griffith/AP)
Os incêndios florestais estão ligados ao aquecimento global e a ondas de calor cada vez mais intensas, informou nesta terça-feira (22) Christiana Figueres, secretária-executiva das Nações Unidas para o clima em uma entrevista concedida à CNN.
As declarações vieram à tona em um momento de acalorado debate na Austrália sobre a existência de um vínculo entre o aquecimento global e os incêndios, uma vez que o premier australiano, Tony Abbott, um cético do clima, chegou a descrever a ciência que atribui as alterações nas temperaturas do planeta às atividades humanas como uma "idiotice absoluta".


Consultada sobre o assunto, Christiana disse que existe um vínculo e prosseguiu informando que a "Organização Meteorológica Mundial não estabeleceu um vínculo direto entre este incêndio e as mudanças climáticas. Ainda. Mas o que é absolutamente claro é que a ciência nos diz que há um aumento de ondas de calor na Ásia, Europa e Austrália, e que elas vão se manter em intensidade e frequência".
Dados do Serviço de Meteorologia da Austrália mostram que 2013 caminha para se tornar o ano mais quente do país, superando o recorde anterior de 2005, segundo pesquisadores da organização sem fins lucrativos Climate Council.
De acordo com a instituição, o mês passado foi o setembro mais quente já registrado na Austrália, com temperaturas médias nacionais 2,75 graus mais quentes do que a média de longo prazo.
Existem no país discussões sobre a contribuição das mudanças climáticas para os incêndios sem controle a oeste de Sydney, que até agora destruíram centenas de casas e deixaram um homem morto. Figueres disse que a decisão de Abbott de anular uma taxação sobre emissões de carbono, projetada para combater as mudanças climáticas, terá um elevado preço político.
"Na verdade, já estamos pagando o preço do carbono", afirmou. "Estamos pagando o preço com incêndios florestais, estamos pagando o preço com secas".
Figueres pediu ação para enfrentar as crescentes emissões de gases de efeito estufa. "Poderíamos, como humanidade, adotar ações vigorosas e poderíamos ter um cenário muito, muito diferente. Este é o cenário que vale a pena examinar", acrescentou.
"Temos muito pouco tempo", acrescentou. "O importante é que nós ainda temos tempo, embora à medida que nós nos atrasarmos, estaremos fechando a janela para nós mesmos", concluiu.

Fonte: G1


STF decidirá se regras de reserva em RR valem para todo país, diz relator

Corte validou demarcação da Raposa Serra do Sol e criou regras gerais.
Tribunal vai avaliar nesta quarta recursos de índios, produtores e PGR.



O ministro Luís Roberto Barroso, relator de processo no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o caso Raposa Serra do Sol, informou que o tribunal deve decidir nesta quarta-feira (23) se as regras de demarcação adotadas para a reserva de Roraima devem ser aplicadas em todas as outras terras indígenas do país.
Quatro anos e meio depois de validar a demarcação da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, o Supremo voltará a analisar recursos de produtores rurais, índios e da Procuradoria-Geral da República (PGR) que questionam pontos da decisão, na qual a corte fixou regras gerais sobre as terras reservadas aos índios no país.
Em março de 2009, após uma série de conflitos entre indígenas e fazendeiros, o Supremo determinou a saída imediata dos produtores de arroz e não índios que ocupavam a reserva de Roraima.

Índios da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima,
durante julgamento no STF sobre a demarcação da
área (Foto: Antônio Cruz/arquivo/Agência Brasil)
A Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a publicar no ano passado uma portaria regulamentando a demarcação de terras com base na decisão do Supremo, mas suspendeu sua aplicação até que o tribunal avaliasse os recursos. O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, afirmou na segunda (21) que, caso a Suprema Corte mantenha o entendimento adotado no julgamento da reserva da Região Norte, a validade da portaria será retomada.
Barroso advertiu que seu voto será "longo", porém, o magistrado espera que a questão seja definida ainda nesta quarta.
"São sete embargos. Dá para terminar [nesta quarta], se depender de mim. O voto é longo porque tem que responder muita coisa, porém, eu não vou falar longamente. Têm muitas perguntas específicas, do tipo: como ficam as igrejas que estão lá, como ficam os não-brancos que estão lá mas são aceitos. Têm muitas coisas, mesmo assim, eu pretendo ser breve", explicou o ministro.

Condições impostas pelo STF
O tribunal estabeleceu 19 condições a serem verificadas em todas as terras indígenas demarcadas no território nacional, entre elas uma que exige dos índios que obtenham permissão do poder público para o garimpo em suas terras; outra autoriza intervenções de interesse da Política de Defesa Nacional na terra indígena e a atuação das Forças Armadas e da Polícia Federal no local sem prévia consulta aos Índios ou à Fundação Nacional do Índio (Funai); além dessas, há regra que autoriza a construção de vias de transporte caso seja de interesse público.
O Supremo também determinou que os índios permitam a entrada de visitantes e pesquisadores não índios na área de conservação ambiental, não cobrem tarifas para permitir a entrada nas terras e não implantem estabelecimentos comerciais nas reservas.
A Suprema Corte impediu ainda o governo de cobrar qualquer tipo de imposto ou taxa nas terras indígenas e, por fim, proibiu a ampliação da terra indígena já demarcada.
Diante das condicionantes, foram apresentados vários embargos de declaração (recursos que questionam decisões do Supremo). Esses recursos serão analisados pelo Supremo com uma nova composição, cinco ministros diferentes – Luiz Fux no lugar de Menezes Direito, Rosa Weber no lugar de Ellen Grace, Teori Zavascki no lugar de Cezar Peluso e Luís Roberto Barroso no lugar de Ayres Britto.
O ministro Dias Toffoli, que assumiu a cadeira de Menezes Direito, era o advogado-geral da União à época do julgamento da demarcação e deve se declarar impedido de julgar os recursos.

Argumentos dos recursos
O recurso da Procuradoria-Geral da República ressalta que as condicionantes do Supremo não deveriam ter sido fixadas sem debate prévio da sociedade e que a definição de normas fere o princípio da separação de poderes. Para a PGR, as condicionantes ultrapassam o tema do processo, que é a demarcação da reserva Raposa Serra do Sol.
Ainda na avaliação da Procuradoria, as condicionantes priorizam os interesses do poder público e ofendem os direitos das comunidades indígenas. O recurso aponta ainda que algumas das determinações "podem gerar efeitos nefastos sobre a vida das comunidades, afetando a sua cultura e suas tradições". Outro questionamento é que não pode se determinar como impossível a ampliação da terra demarcada, uma vez que há previsão legal para que isso ocorra.
Comunidades indígenas questionam a obrigatoriedade de terem que obter permissão para a atividade de garimpo em suas próprias terras e também são contra a desobrigação de consulta prévia em casos de interesse público.
O governo de Roraima também recorreu da decisão e afirmou que o STF não estabeleceu como seria sua atuação na reserva Raposa Serra do Sol, em relação aos serviços públicos como saúde e educação.
O ex-senador Augusto Botelho também recorreu em defesa dos proprietários rurais e afirmou que há imóveis particulares com propriedade privada reconhecida por sentença judicial dentro do local.
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) afirmou em recurso que há omissões em relação às pessoas miscigenadas, se elas podem permanecer na reserva, além de templos religiosos já construídos e escolas mantidas na área pelo poder público. O parlamentar sustenta que é preciso garantir a passagem pela terra por se tratar de única ligação entre Boa Vista e a cidade de Pacaraima.

Fonte: G1

Desmatamento no Brasil: o verde em perigo
Mapas e fotografias ajudam jovens do 7° e 9° ano a refletir sobre as causas da destruição de nossos principais biomas

OCUPAÇÃO IRREGULAR - Represa Billings, em São Paulo: vítima da expansão urbana.

O assunto não sai dos jornais: o Brasil está perdendo áreas verdes. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais estima que 17% da Floresta Amazônica tenha desaparecido do mapa aproximadamente 700 mil quilômetros quadrados, uma área em que caberiam os estados de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e do Espírito Santo. Mas não é só ela: 93% da Mata Atlântica não existe mais, e o cerrado encolheu 40% nos últimos dez anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Os fatores que contribuem para esse quadro preocupante têm como origem a urbanização, o desmatamento para a abertura de estradas e a expansão da agropecuária.
Além de causar o empobrecimento da biodiversidade e contribuir para a concentração de gás carbônico na atmosfera, o fim das formações naturais destrói o hábitat de insetos e outros animais, que se tornam vetores de doenças, e ameaça os mananciais. Estudar essa questão e refletir sobre ela com base na leitura de mapas é a proposta do projeto didático que acompanha esta reportagem.

Veias abertas

Na Amazônia, a devastação se intensificou na década de 1970, quando o governo estimulou a ocupação da Região Norte, incentivando a população de outras localidades a desbravar a floresta. Assim, estradas foram abertas para facilitar o acesso. Adriana Ramos, coordenadora do Instituto Socioambiental, afirma que 75% da degradação ambiental ocorreu numa faixa de 100 quilômetros de largura ao longo das rodovias.

Já o cerrado tem na cultura de soja a principal causa de seu desaparecimento. A organização não-governamental Conservação Internacional estima que o Brasil pode perder essa formação vegetal até 2030 se o modelo de desenvolvimento do país for mantido. Mato Grosso concentra a maior área plantada. "A falta da mata original e o uso de agrotóxicos agridem os afluentes do Rio Amazonas que nascem ali, afetando a quantidade e a qualidade das águas", avisa o biólogo Mário Barroso, gerente da entidade.
A Mata Atlântica, por sua vez, foi deteriorada pelos procedimentos usados na extração do ouro no início da colonização e, posteriormente, substituída por plantações de cana-de-açúcar e de café. Hoje a preocupação é a expansão urbana, especialmente na costa do Sudeste. Sem fiscalização, as áreas são preenchidas por propriedades irregulares, o que causa excesso de lixo, poluição dos mananciais, falta de água e exclusão social.
Toda discussão facilita o entendimento sobre o que é desenvolvimento sustentável e leva os alunos a refletir sobre ações de preservação ambiental que diminuam o impacto causado pelo homem.

Fonte: Revista Nova Escola


Novo estudo estima surgimento dos primeiros faraós no Antigo Egito


Valendo-se de uma vasta gama de ferramentas, arqueólogos anunciaram ter detectado o momento crucial na História em que o Egito emergiu como um Estado único.



Especialistas discutem há décadas quando foi que os turbulentos Alto e Baixo Egito se unificaram sob uma liderança única e estável pela primeira vez. Estimativas convencionais, baseadas na evolução dos estilos das cerâmicas encontradas em sítios funerários humanos, variam imensamente, de 3.400 a 2900 a.C.
Mas, uma equipe de cientistas chefiada por Michael Dee, da Universidade de Oxford, ampliou os métodos usados para estimar as datas e descreveu o método em artigo publicado no periódico Proceedings of the Royal Society A. Eles usaram medições de radiocarbono em mais de 100 amostras de cabelo, ossos e plantas encontrados em sítios funerários e atualmente mantidos em coleções de museus.
As evidências arqueológicas e de radiocarbono foram, então, agrupadas em um modelo matemático, que calculou a ascensão do rei Aha - o primeiro de oito soberanos dinásticos do Egito antigo - como tendo ocorrido entre 3.111 e 3.045, com probabilidade de 68%.
Este período foi crítico na História mundial, pois marcou a emergência de uma civilização duradoura no hemisfério ocidental, que ocorreu quando as pessoas começaram a se assentar permanentemente às margens do rio Nilo e desenvolveram a agricultura, fornecendo um excedente que impeliu o comércio.
"As origens do Egito começaram um milênio antes da construção das pirâmides, e é por isso que nosso entendimento de como e por que este Estado poderoso se desenvolveu se baseia unicamente em evidências arqueológicas", explicou Dee.
"Este novo estudo fornece nova datação por radiocarbono que restaura a cronologia dos primeiros soberanos dinásticos do Egito Antigo, e sugere que o Egito se formou muito mais rapidamente do que se pensava anteriormente", acrescentou.
Segundo o estudo, Aha e seus sete sucessores governaram um território que se espalhou por uma área similar ao Egito atual, com fronteiras formais com Aswan ao sul, o Mar Mediterrâneo ao norte e a atual Faixa de Gaza a leste.
Fonte: Café História
Sítio arqueológico é descoberto atrás da antiga Estação Leopoldina

·         Relíquias da família imperial estavam no subterrâneo do terreno, numa antiga área de descarte.




RIO — O design anatômico lembra as escovas de dentes vendidas nas farmácias. No lugar do plástico e das cerdas macias, porém, marfim cuidadosamente esculpido e espaços para tufos de pelo de porco. No cabo, uma inusitada inscrição em francês: “S M L’Empereur du Brésil” (sua majestade o imperador do Brasil). Descartável para presidentes e monarcas de hoje em dia, o item de higiene bucal e imperial muito provavelmente foi usado por dom Pedro II. Estava guardado há mais de um século no subterrâneo do terreno atrás da antiga Estação Leopoldina, no Centro.

É apenas uma entre milhares de relíquias que brotaram de um enorme sítio arqueológico explorado silenciosamente desde março por uma equipe de 26 profissionais e aberto pela primeira vez à visita de repórteres. O trabalho convive com o ritmo frenético de um canteiro de obras da Linha 4 do metrô, que financia a pesquisa. Ainda em fase de escavação — a análise criteriosa das peças será feita entre 2014 e 2015 —, as trincheiras já reconstituem hábitos sociais do século XIX, principalmente da elite e da família imperial, que usavam a região como área de descarte. Há, em menor número, itens dos séculos XVII e XVIII. Ao todo, são cerca de 200 mil objetos ou fragmentos localizados, 90% deles do século XIX.
— Não temos motivos para não acreditar que a escova foi produzida para o imperador, para a imperatriz ou para alguma princesa. A cerda de pelo de porco se perdeu, mas a escova sobrou — conta o arqueólogo e historiador Claudio Prado de Mello, que coordena a equipe.

Fonte: Café História



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